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Coelhos e o Encephalitozoon cuniculi


Encephalitozoon cuniculi é um microsporídio (Microsporidia é um filo de fungos parasitas unicelulares e formadores de esporos. No passado, eram incluídos entre os protozoários, mas após estudos genéticos descobriu-se que eram relacionados aos fungos.), que não possuem mitocôndrias e que pertencem ao filo Microspora.


Nos últimos anos, esses microrganismos vêm sendo cada vez mais identificados como importantes agentes de infecção oportunista em coelhos. Representa uma doença emergente, restritos a hospedeiros animais, principalmente coelhos, insetos, crustáceos e peixes. As características desse parasita e da infecção que causa permanecem parcialmente desconhecidos, podendo até ser uma zoonose.


Os microsporídios podem causar desde infecções intestinais a infecções sistêmicas, sendo que os aspectos clínicos da doença variam em função da resposta imune do hospedeiro. Descritos em muitas espécies animais causando desde infecções assintomáticas e benignas a sintomáticas e graves, muitas vezes fatais


Embora a transmissão direta dos animais para o homem não tenha sido comprovada, evidências sobre os aspectos patológicos e epidemiológicos dessa doença indicam que a microsporidiose pode ser considerada uma zoonose. Principalmente para portadores de deficiências imunológicas (crianças, idosos, HIV positivos, etc).


O Encephalitozoon cuniculi raramente causa alterações clínicas, por conseguir estabelecer uma relação equilibrada com o animal. Por outro lado, coelhos com sistema imunológico deficiente podem desenvolver infecção disseminada, aguda e fatal nos primeiros dias.


O mecanismo de resistência dos coelhos em relação à infecção por microsporídios ainda é pouco entendido. Sabe-se a exacerbação da resposta imune pode promover grandes danos em vários tecidos (fígado, rins, olhos, cérebro, etc), pela formação de extensos granulomas e, por outro lado, a ausência dela pode favorecer a multiplicação rápida e o domínio do parasita. Ambas as situações são perigosas para a sobrevivência do animal. Muitos coelhos positivos para E. cuniculi nunca desenvolverão sintomas clínicos.


A transmissão da doença ocorre através de contato direto com fezes e urina (a mais importante via de transmissão), embora a contaminação respiratória e transplacentária também possam ocorrer. A maior contaminação ocorre entre a mãe e o filhote.


Após a contaminação esporos aparecem nos rins aos 31 dias e começam a ser excretados na urina por até três meses. Como prevenção, deve-se evitar o contato direto com outros animais, utilização de bebedouros tipo garrafas ou automáticos, comedouros apropriados e gaiolas adequadamente limpas.


O sintomas são muito inespecíficos, o parasita ataca o sistema nervoso e os principais órgãos, causando uma variedade de sintomas, incluindo desvio da cabeça, hepatopatia, doença renal, cataratas, incontinência, paralisia de membros, nistagmo e / ou outros sintomas neurológicos, convulsões e morte. Cabe ressaltar que estes sinais podem ser causados por outras doenças, por isso a importância de procurar um medico veterinário imediatamente.


Ao menor sinal neurológico ou qualquer outro tipo de alteração de comportamento leve seu coelho imediatamente ao médico veterinário de sua confiança. Embora ainda não há cura total, hoje, existem várias opções terapêuticas que médicos veterinários têm usado com sucesso para controlar a doença.


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